MÁXIMO POSTAL: UMA PEÇA QUE PODE SER CRIADA PELO PRÓPRIO COLECIONADOR - por Greenhalg Faria Braga
E uma realidade que a Maximafilia bem conhece: um Postal Máximo pode ser preparado pelo próprio colecionador. Fazer um Postal Máximo é uma experiência encantadora. O renomado colecionador e comentarista filatélico lusitano E.C.E. Lage Cardoso, em seu Iivro "A Maximafihia - dos Priórdios a Atualidade" tem um trecho referente a "um colecionamento apaixonante" com as seguintes palavras: "...Só quem alguma vez se dedicou a esta especialidade de colecionamento pode avaliar bem quão grande é a sensação de prazer, de felicidade e de satisfação, quando somos os próprios a realizar um Postal Máximo. E difícil traduzir o que se sente quando se realiza um Máximo que, muitas vezes, fica constituindo peça única. Já tive, mais de uma vez, esse gosto e não há dinheiro que pague uma dessas peças". Agora digo eu: também já tive... e quanto de alegria isso me tem proporcionado.
Quando o assunto se completa com turismo a coisa fica ainda mais cheia de encanto. Em alguns casos vai até o ponto de um requintado capricho quando se pode dizer: nós estivemos lá. Isso já tem acontecido.
Em artigo que redigi para o Maximafily, publicado pelo Maximum Card Study Unit (Yes... I have been there") tive a oportunidade de me referir aos postais que preparei em Washington (1981) com motivos do Capitólio e de Iwo Jima Memorial. Falei, nessa ocasião, dos variados procedimentos que foram postos em prática.
Hoje detalho a mais recente conquista com o Máximo Postal de Dubrovnik. Foi assim: um dos meus netos, o Bruno, de 11 anos, que está começando a se relacionar com a Filatelia, obteve, quando de passagem por Dubrovnik, alguns selos da Iugoslávia. Quando eu os vi, havia entre eles um vistoso bloco com a reprodução de uma gravura antiga da cidade velha de Dubrovnik. Aquilo veio a propósito. Como estava de viagem marcada e inscrito numa excursão que, partindo de Zagreb, terminaria no afamado porto do Adriático, tomei a meus cuidados ficar com o mencionado bloco para uso oportuno no preparo de um Máximo.
A oportunidade se efetivou em 15 de agosto de 1990. Numa curta permanência em Dubrovnik, adquiri um postal adequado para suporte, preparei o material, localizei a agência postal e lá obtive o carimbo necessário e concordante para completar o feito. A obliteracão não foi das melhores mas cobre perfeitamente as recomendações da Maximafilia, inclusive a de colocação no verso do postal do fragmento do bloco donde foi destacado o selo.
Para comemorar o acontecimento fiz um belo passeio. Existe, na antiga cidade turística croata, um teleférico que, inaugurado em 1969, funciona regularmente e se estende por 763 metros a uma elevação de 412 metros. Fui até lá e valeu muito o passeio. Desfrutei a espetacular paisagem e aproveitei a oportunidade para um registro fotográfico. Assim, agora, posso dizer e comprovar: Nós estivernos lá...
Assim nos contava suas histórias e nos transmitia o seu saber o nosso saudoso Greenhalg Faria Braga, o maior expoente da Maximafila do Brasil.